terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Simplicidade... "simplicidade Ser como as rosas, o céu sem fim"

Simplicidade... simplicidade Ser como as rosas, o céu sem fim, A árvore, o rio... Por que não há de ser toda a gente assim? Ser como as rosas: bocas vermelhas Que não disseram nunca a ninguém que têm perfume... Mas as abelhas e os homens Sabem o que elas têm! Ser como o espaço, que é azul de longe de perto é nada... Mas quem o vê: árvores, aves, olhos de monge... busca-o sem mesmo saber por que. Ser como o rio cheio de graça, Que move o moinho, dá vida ao lar, Fecunda as terras... E rindo, Passa despretensioso, sempre a cantar. Ou ser como a árvore: aos lavradores Dá lenho e fruto, dá sombra e paz; Dá ninho às aves; ao inseto, flores Mas nada sabe do bem que faz. Felicidade – sonho arredio! Feliz é o simples que sabe ser, Como o ar, as rosas, a árvore, o rio: Simples, mas simples sem o saber! Guilherme de Almeida

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